"os bebês humanos quando mamam olham calma e fixamente para longe do peito, como se levassem duas vidas diferentes ao mesmo temo; e, conquanto sorvam alimento mortal, ainda assim se deleitam espiritualmente com alguma reminiscência extraterrena"
Herman Melville, Moby Dick, 1851
Pega, posição, traumas mamilares, ganho de peso, cansaço, "será que meu leite é fraco?".
Mamadeiras, chuquinhas, chupetas, bico de silicone, concha de amamentação, "esse bebê está com fome!". Quantas "facilidades" o mercado nos oferece e quantos palpites a gente recebe sobre esse assunto que, na maior parte das vezes, em nada contribuem para a manutenção do aleitamento. É preciso se informar e acreditar na sua capacidade de nutrir seu bebê e em muitos casos é, sim, necessário acompanhamento profissional e muito e treino até que se estabeleça uma amamentação eficiente e prazerosa para o binômio mãe e bebê.
Amamentar é um ato de resiliência. De revolução até, eu digo. Da mãe e da sua rede de apoio, porque é preciso lembrar que é a mãe quem dá o peito, mas a família deve participar junto, incentivando e assumindo tarefas no lugar da mãe.

